sexta-feira, 17 de maio de 2013
Houve corrupção sim, no governo Jackson Lago
Alguém já se
perguntou, por exemplo, porque a oposição na Assembléia se nega a assinar
a CPI da Agiotagem?
Por mais que seja
lamentável e doa dizer, não adianta querer tapar o sol com a peneira. À sua
revelia, provavelmente, mas houve corrupção sim, no governo Jackson Lago, no
mesmo e terrível esquema da Gautama que envolveu também os governadores
Wellington Dias, do PT do Piauí e Teotônio Vilela de Alagoas. Uma trama que,
segundo a revista Isto É, elevou os preços de obras públicas no país em até
416%. Houve corrupção e ela não ficou restrita à estrada Coroatá-Vargem Grande,
um escândalo que se repete, hoje, na Assembléia.
A “Operação
Navalha”, deflagrada no dia 17 de maio de 2008 pela Polícia Federal, flagrou
uma assessora de Teotônio Vilela Filho recebendo R$ 150 mil de Zuleido Veras,
dono da empresa. A essas alturas a Procuradoria Geral da República já estava
finalizando uma relação com mais de 50 nomes envolvidos na corrupção que
atingia 5 estados, o Distrito Federal, três governadores e um ex-governador,
além de executivos de 4 Ministérios.
A reportagem
mostrou que no Maranhão a liberação de dinheiro para a Gautama foi feita com
base em medições falsas de obras públicas. O exemplo citado foi a ponte sobre o
rio Pericumã, obra jamais construída e que somente no item escavação foi
superfaturada em 978%.
No diagrama da
Polícia Federal constavam os nomes de Alexandre Maia Lago e Francisco de Paula
Lima Júnior, sobrinhos do governador Jackson Lago, como tendo recebido R$ 240
mil de Zuleido Veras. No diagrama, a Polícia Federal relatava, literalmente:
“Pagamento de propina a Alexandre, Paulo e Jackson Lago, correspondente a 8% da
liberação de R$ 2,9 milhões para a Gautama em março do ano passado”. “O
governador não afiançou o que os sobrinhos andavam fazendo”, declarou à época
Zeca Pinheiro, assessor de Jackson.

A operação acabou
envolvendo também o ex-governador José Reinaldo Tavares, acusado de receber de
Zuleido Veras, em 2006, um Citroen no valor de R$ 110,3 mil, carro associado à
liberação de recursos do Programa de Perenização e Travessias no Maranhão.
Maior vítima dos
corruptos que o rodeavam e culpado talvez somente por omissão, Jackson Lago
negou tudo, mas admitiu a existência de indícios de irregularidades nos
contratos entre a empresa e o governo do Estado. O desfecho da “Operação Navalha” foi a
suspensão de todas as obras da Gautama no Maranhão. Alexandre Maia e Paulo Lima
Júnior acabaram presos e o advogado de Jackson Lago, Geraldo Alckimim declarou
que os sobrinhos (Nem os assessores, é claro) jamais atuaram com conhecimento
do governador.
Os que querem
crucificar o deputado Max Barros por ter citado o nome do governador falecido
estão errados. Corrupção é corrupção e tem que ser apurada a qualquer custo,
venha da oposição ou venha do governo. Alguém já se perguntou, por exemplo,
porque a oposição na Assembléia se nega a assinar a CPI da Agiotagem? Mas esse
é um assunto que ainda demora para explodir.
Fonte: Blog JM Cunha
Santos
Marcadores:PEDREIRAS,PERITORÓ,SÃO LUÍS,TIMON,TRIZIDELA DO VALE
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