terça-feira, 4 de junho de 2013
O MARANHÃO QUE SE DESENVOLVE
Nas propagandas
governamentais sempre aparece um Maranhão que se desenvolve. Nele, há
indústrias, obras de saneamento, construção de casas, hospitais e geração de
emprego. O que a propaganda esquece de contar é que esses benefícios chegam
principalmente pelas mãos do governo federal, das prefeituras ou de empresas
privadas.
São
fundamentalmente os bilhões investidos em nosso estado pelo Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC) os responsáveis por milhares de obras que
movimentam a economia maranhense.
Apenas por meio do
programa Minha Casa Minha Vida, uma das marcas da gestão da presidenta Dilma, o
governo federal investirá R$ 2 bilhões no estado. Pelos programas Água e Luz
para Todos, são outro R$ 1 bilhão. Em mobilidade urbana e transporte, outros R$
2 bilhões, que se materializarão, por exemplo, nas urgentes obras de duplicação
da BR 135.
Em saneamento
básico, o Maranhão receberá mais de R$ 500 milhões. Também são federais os R$
365 milhões usados para construção de UBSs (Unidades Básicas de Saúde), UPAs
(Unidades de Pronto Atendimento), creches, praças de esporte e cultura.
Igualmente são federais as retroescavadeiras que as prefeituras estão
recebendo, o bolsa-família, o reajuste do salario mínimo e das aposentadorias,
as escolas técnicas, a expansão do ensino universitário.
Em todas essas
obras federais, o governo do estado só bota a "placa" e tenta se
apropriar simbolicamente das obras, recursos e programas do governo federal. De
sua parte, no entanto, o governo do estado faz muito pouco. Basta olharmos para
as obras que são 100% de responsabilidade do governo estadual, como os
prometidos 72 hospitais em todo o estado.
Disse em 2010, no
único debate que houve na eleição para governador, que achava que a oligarquia
não entregaria todos os hospitais em funcionamento, no prazo que prometiam.
Infelizmente, tinha razão. Decorridos três anos apos o prazo prometido, estão
devendo mais de 50 hospitais e ninguém vem a publico explicar com sinceridade o
que o governo está planejando para compensar esse atraso nas obras.
E assim poderia
citar dezenas de situações similares, em que o esforço do governo do estado
reside apenas no mundo da propaganda. O que dizer, por exemplo, da agricultura,
em que os investimentos estaduais não chegam a 1% do orçamento?
Merecemos um futuro
melhor. Afinal, o orçamento do estado passa de R$ 12 bilhões, dinheiro que pode
fazer muita coisa boa, se aplicado com competência e honestidade. Tenho muita
fé de que vamos virar a página do passado e deixar para trás o patrimonialismo
que direciona ilegalmente, para grupos privados, os recursos e ações do Estado.
Nesse caminho novo
que o Maranhão haverá de trilhar, os três níveis de governo vão cumprir seus
deveres, em um grande pacto em favor do desenvolvimento, da democracia e da
igualdade. É possível chegar lá.
Por Flávio Dino
Marcadores:OUTRAS CIDADES,SÃO LUÍS
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