sexta-feira, 26 de julho de 2013
Outra versão da Bíblia encontrada com 1500 anos de idade, pode querer distorcer a atual
O governo do Irã
divulgou esta semana que um manuscrito da Bíblia, com 1500 anos de idade e que
contém “novos ensinamentos” atribuídos a Jesus Cristo, é capaz de causar o
colapso do cristianismo.
O livro com mais de
1500 anos foi confiscado na Turquia em 2000, durante a investigação e prisão de
uma quadrilha de contrabandistas de antiguidades, apontam os relatórios do
jornal Daily Mail. As páginas do livro, do século V ou VI, são de couro tratado
e estão escritas em um dialeto do aramaico, língua falada por Jesus. Suas
páginas estão hoje negras, por causa da ação do tempo, mas as letras douradas
ainda possibilitam sua leitura.
As autoridades
turcas acreditam que se trata de uma versão autêntica do Evangelho de Barnabé,
um discípulo de Jesus que ficou conhecido por suas viagens com o apóstolo Paulo,
descritas no Livro de Atos.
Autoridades
religiosas de Teerã insistem que o texto prova que Jesus nunca foi crucificado,
não era o Filho de Deus, mas um profeta, e chama Paulo de “Enganador.” O livro
também diz que Jesus ascendeu vivo ao céu, sem ter sido crucificado, e que
Judas Iscariotes teria sido crucificado em seu lugar. Falaria ainda sobre o
anúncio feito por Jesus da vinda do profeta Maomé, que fundaria o Islamismo 700
anos depois de Cristo. O texto prevê ainda a vinda do último messias islâmico,
que ainda não aconteceu.
“A descoberta do
original texto de Barnabé vai revolucionar a religião no mundo”, diz o
relatório Basij. Nenhum meio de comunicação publicou os versos. A foto divulgada
da capa mostra apenas inscrições em aramaico e o desenho de uma cruz. A
Internacional News Agency, diz que a inscrição na fotografia pode ser
facilmente lida por um assírio. Os assírios viviam na região que compreende
hoje o território do Iraque, o nordeste da Síria, o noroeste do Irã, e o
sudeste da Turquia.
A tradução da
inscrição inferior, que é o mais visível diz: “Em nome de nosso Senhor, este
livro está escrito nas mãos dos monges do mosteiro de alta em Nínive, no ano
1.500 do nosso Senhor”.
Especialistas
cristãos negam a existência de tal evangelho, que consideram um apócrifo (não
inspirado por Deus). A autenticidade do livro precisaria ser provada por
autoridades independentes. Porém, alguns especialistas já afirmaram que o Irã
está promovendo a descoberta do livro 12 anos depois porque hoje o cristianismo
tem se tornado uma ameaça em seu país.
O Vaticano teria
demonstrado preocupação com a descoberta do livro, e pediu às autoridades
turcas que permitissem aos especialistas da Igreja Católica avaliar o livro e
seu conteúdo, em especial o “Evangelho de Barnabé”, que descreveria Jesus de
maneira semelhante à pregada pelo islã.
O relatório da
Basij Press, que divulgou o material para a imprensa, sugere que a descoberta é
tão importante que poderá abalar a política mundial. “A descoberta da Bíblia de
Barnabé original irá minar a Igreja Cristã e sua autoridade e vai revolucionar
a religião no mundo. O fato mais significativo, porém, é que esta Bíblia previu
a vinda do profeta Maomé, mostrando a verdade da religião do Islã”.
A Basij afirma que
o capítulo 41 do Evangelho diz: “Deus disfarçou-se de Arcanjo Miguel e mandou
(Adão e Eva) embora do céu, (e) quando Adão se virou, ele notou que na parte
superior da porta de entrada do céu, estava escrito La elah ELA Allah,
Mohamadrasool Allah”, que significa ‘Alá é o único Deus e Maomé o seu profeta’.
Erick Stakelbeck,
apresentadora de TV e estudioso de assuntos iranianos, disse ao site WND: “Ao
promover a chamada Bíblia de Barnabé, que não é aceita por nenhuma denominação
cristã dominante, o regime iraniano tenta mais uma vez desacreditar a fé
cristã. O regime iraniano está empenhado em erradicar o cristianismo usando
todos os meios necessários. Isso significa a execução de muçulmanos
convertidos, queima de Bíblias ou invasão das igrejas subterrâneas”.
No ano passado, as
autoridades iranianas confiscaram e queimaram cerca de 6.500 Bíblias por ordem
do líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei.
Desde sua
descoberta, o livro vinha sendo mantido em segredo, guardado em um cofre-forte
na cidade de Ancara. Agora, a Turquia planeja colocar o livro em exposição
pública. A teoria mais comum entre os cristãos é que um exame do texto sugere
que ele seria similar ao material apócrifo escrito no século XIV.
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