domingo, 6 de outubro de 2013
Homem com o pescoço virado estudou, conheceu papas e motiva pessoas
Devido a um
problema genético, Cláudio Vieira de Oliveira, 37, de Monte Santo (BA), nasceu
com o pescoço envergado para trás, mas enxerga como as pessoas comuns. Depois
de aprender a ler e a escrever usando um lápis na boca, formou-se em
contabilidade e hoje é suplente de diretor fiscal do Sindicato dos
Contabilistas da Bahia. Seu principal trabalho, no entanto, é ministrar
palestras motivacionais.
O parto foi muito
difícil e quase custou a vida de minha mãe. Minha avó, parteira, tentou fazer o
parto, mas não conseguiu porque eu estava numa posição difícil.
Foi quando apareceu
um estudante de medicina, José Valdo Barreto, que conseguiu me trazer ao mundo.
Minha mãe desmaiou após o parto. Zé Valdo quase desmaiou. Nasci com braços e
pernas atrofiados, acharam que eu não ia vingar e me levaram às pressas para
batizar. Houve quem incentivasse meus pais a não me alimentar. Achavam que,
além de dar muito trabalho, eu acabaria vegetando.
Comecei a me
interessar pelos estudos aos seis anos, ao observar meus irmãos fazendo
atividades escolares. Pedi à minha mãe que me colocasse na escola, mas ela se
esquivava, pois tinha medo da reação dos alunos.
Como persisti, ela
procurou uma pessoa para me dar aula particular. Assim, aprendi o alfabeto e
comecei a formar as primeiras palavras, tudo com a boca.
Estudei e me formei
em contabilidade em 2004. Na escola e na faculdade, sempre tive o apoio de
todos.
Por ficar com a
cabeça para baixo quando estou em pé, muitas pessoas acham que vejo tudo de
cabeça para baixo, mas não é assim. Vejo como as pessoas normais.
Fonte: folha.com
Marcadores:Dicas,Motivações
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