quarta-feira, 27 de novembro de 2013
Piauí é apontado como um dos maiores pólos eólicos do mundo
O Piauí ganhou destaque nesta quarta-feira (27) no portal do Valor
Econômico. Na matéria divulgada, os novos pólos eólicos a ser instalados no
estado nos próximos anos são apontados como promessas de grandes negócios já
que “a região ao sul do Piauí apresenta um dos maiores potenciais eólicos do
mundo”.
Confira abaixo matéria na íntegra:
Ao exigir que os novos parques já tivessem uma conexão com a rede de
transmissão para participar dos leilões de energia, o governo federal acabou
mudando o eixo da indústria eólica no país. Com os certames realizados em
agosto e novembro, dois novos polos de geração de energia a partir dos ventos
surgiram no Nordeste, um na Chapada do Araripe, no interior do Piauí, e outro
na região de Garanhuns, no interior de Pernambuco, cidade natal do
ex-presidente Lula.
Até o momento, a Bahia e o Rio Grande do Norte eram os principais
centros de geração de energia eólica do país, mas a escassez de linhas de
transmissão nessas regiões limitou a participação de novos parques nos últimos
leilões. A construção das linhas de transmissão está a cargo da Chesf, braço do
grupo Eletrobras no Nordeste, mas as obras estão atrasadas.
"Não tínhamos planos de desenvolver tão cedo os parques na Chapada
do Piauí e na região de Garanhuns", afirmou, em entrevista ao Valor, Lucas
Araripe, diretor de desenvolvimento de negócios da Casa dos Ventos, uma das
empresas que mais venderam contratos nos dois últimos leilões. Os dois locais
ficaram competitivos depois das regras impostas pela Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel) e pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), diz o executivo.
Para vender contratos de energia nos certames, os empreendimentos precisavam
ter ou investir em uma conexão com a rede elétrica.
A região ao sul do Piauí, coincidentemente chamada de Chapada do
Araripe, apresenta um dos maiores potenciais eólicos do mundo. Essa área será,
no futuro, o maior polo de produção de energia eólica do Brasil, com uma
capacidade instalada de 4 mil MW, estima o diretor da Casa dos Ventos.
Deste total, 1.060 MW vão entrar em operação até 2016, se somados tanto
os projetos vendidos nos dois últimos leilões (com 660 MW de capacidade
instalada) como os parques que serão construídos pela Queiroz Galvão, cuja
energia será vendida para o mercado livre (com 400 MW de capacidade instalada).
A energia desses parques será conectada na linha de transmissão que
passa próxima à Chapada, entre os municípios de São João do Piauí e Milagres. A
linha possui capacidade de 1.200 MW e será duplicada. A Casa dos Ventos terá de
construir um trecho de conexão e uma subestação para ligar a energia dos
parques na linha de transmissão, mas, como a geração de energia será em grande
escala, esse custo será diluído, diz Araripe.
Também já existe, no município de Picos, uma subestação com capacidade
instalada de 210 MW, que vai escoar a energia dos parques vendidos no leilão de
energia de reserva, em agosto.
Garanhuns, em Pernambuco, é outro local que promete ser, nos próximos
cinco anos, um dos principais centros de geração de energia eólica do Brasil,
com potencial de 600 MW, diz Araripe. Segundo ele, a empresa fará uma
subestação próxima aos parques de 810 de MW de capacidade instalada. No leilão
de reserva, em agosto, a Casa dos Ventos vendeu parques éolicos na região com uma
potência total instalada de 190 MW, o que significa que ainda existe muito
espaço para expandir, diz Araripe.
A Casa dos Ventos pretende continuar vendendo energia de projetos em
Garanhuns e no sul do Piauí nos próximos certames, incluindo o A-5 (para projetos
que ficarão prontos em cinco anos), que será realizado no dia 13 de dezembro.
Tanto no leilão de energia de reserva como no leilão A-3 (para projetos
que ficarão prontos em 2016), em novembro, a Casa dos Ventos venceu sozinha,
pela primeira vez, parte dos projetos eólicos. Na região de Garanhuns, os
parques são 100% da empresa, enquanto, no Piauí, os projetos próprios somam 270
MW.
Uma parte dos empreendimentos na Chapada do Araripe, que somam uma
capacidade instalada de 390 MW, será construída em sociedade com a Chesf e o
grupo americano Contour Global, que será ainda a operadora dos projetos.
O Piauí também chamou a atenção de empreendedores interessados em vender
energia para o mercado livre, como a Queiroz Galvão, cujos parques ficarão
prontos em 2016, assim como os empreendimentos negociados nos leilões do
governo, para o mercado regulado. Segundo Araripe, a Casa dos Ventos vai
receber royalties pelos projetos, ou percentual da receita.
*Foto: Ccom
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