sábado, 2 de novembro de 2013
Simplício rebate Sarney Filho e afirma: “deputado do PV desrespeitou seu próprio eleitor com números mentirosos”
O deputado
Simplício Araújo (SDD/MA) rebateu o discurso do deputado Sarney Filho (PV/MA),
que, durante pronunciamento na última quinta-feira (31), na Câmara dos
Deputados, tentou mostrar uma realidade do Maranhão que, segundo Araújo, só
existe no discurso da família Sarney. Da tribuna, Sarney Filho disse que o
estado avançou na saúde, na educação, na infraestrutura, entre outras áreas.
Simplício se sentiu
surpreso e revoltado com o pronunciamento, já que o deputado do PV contestou
números que são reais. “Sarney Filho desrespeitou seu próprio eleitor. Apesar
dele apresentar um bom trabalho como deputado, ele não pode esquecer que só foi
eleito porque usa a força da máquina administrativa para cooptar eleitores que
estão entre os mais carentes e que tem mais problemas”, apontou. “Além de não
ter feito nada para mudar a realidade, ainda vem tentar mudar números que tem credibilidade
no mundo inteiro. Só a família Sarney mesmo para tentar culpar indicadores pela
falta de política em áreas essenciais.”
Para o parlamentar,
o discurso não passou de uma ilusão aos maranhenses. ”Sarney Filho disse que a
oposição em sete anos de governo não conseguiu fazer nada pelo estado; porém,
esquece que sua família em 40 anos ainda não conseguiu melhorar os indicadores
sociais do estado. A população maranhense já sofreu demais e não acredita nesse
discurso fantasioso”, completou.
Incrédulo com o que
ouviu Sarney Filho falar na tribuna, o parlamentar do Solidariedade ressaltou
que, “não bastasse o atraso em que vive o Maranhão”, o deputado do PV “tentou,
em sua fala, enganar a população maranhense com números que só existem no
papel.” Em seu pronunciamento, Sarney Filho afirmou que o Maranhão está
distribuindo renda, diminuindo a pobreza e avançando na infraestrutura para
criar condições reais para que o estado possa continuar se desenvolvendo. Disse
ainda que houve melhoria na qualidade de vida da população a partir de ações
desenvolvidas pelo governo do estado.
Na visão de
Simplício, chega a ser patético e inacreditável Sarney Filho usar a tribuna
para tentar mascarar números. “É chocante que um deputado suba à tribuna para
mostrar uma realidade que não existe, na tentativa de mostrar que o governo do
Maranhão investe em setores essenciais – como saúde, educação, segurança –
quando, na verdade, no orçamento de 2014, houve corte na educação, na
segurança, entre outros”, rebateu Araújo. “Quer enganar quem com tanta
mentira?”, questionou.
O parlamentar
apontou dados do IBGE que mostram uma realidade diferente do discurso de Sarney
Filho. Segundo levantamento do instituto, o Maranhão disputa com Alagoas a
última colocação no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Duas cidades do
Maranhão – Fernando Falcão e Marajá do Sena – têm um dos piores IDHs do Brasil.
Os três municípios com a pior renda per capita média do país estão no Maranhão
– Marajá do Sena (R$ 96,25), Fernando Falcão (R$ 106,99) e Belágua (R$ 107,14).
Das 100 cidades com pior IDH, 20 são do Maranhão. Das 100 cidades com melhor
IDH, nenhuma é do Maranhão. Em renda, o Maranhão fica em ultimo lugar, com
índice de 0,612.
Da população de 6,5
milhões de habitantes, 1,7 milhão de maranhenses está abaixo da linha de
miséria (ganham até R$ 70 por mês). Um estudo feito pelo Conselho Cidadão Para
a Segurança Pública e Justiça Penal aponta São Luís como uma das 50 cidades
mais violentas do mundo. A capital maranhense está entre as 15 cidades brasileiras
que aparecem no ranking.
O Maranhão tem
ainda o menor efetivo de policiais do país. Em 2012, o estado apresentou o
menor índice de criação de empregos. Nos quatro primeiros meses de 2013,
registrou um saldo negativo de 3.648 empregos. Apresenta também o menor índice
de desenvolvimento social, de acordo com o Indicador Social de Desenvolvimento
dos Municípios (ISDM), da FGV-SP.
Das 10 escolas com
piores índices no Enem, cinco são instituições públicas do Maranhão. Em último
lugar de todo o Brasil, aparece o Centro de Ensino Aquiles Lisboa, no município
de São Domingos do Azeitão, que fica na região sul. Para completar o cenário
dramático, o estado tem, ao lado de Alagoas, os maiores índices de
analfabetismo do país: de 17,3% a 21,8%.
É ainda o último
colocado na distribuição de médicos, com 0,68 médicos para cada mil habitantes,
ficando abaixo da média nacional que é de 1,95 médicos para cada mil
habitantes. Na área de saneamento básico, um dos estados com pior rede de
tratamento de esgoto do Brasil, ainda segundo o IBGE.
Apresenta também a
menor expectativa de vida na média de homens e mulheres – 68,6 anos. Possui a
segunda pior taxa de mortalidade infantil do país, apenas atrás de Alagoas, com
29 crianças com menos de um ano mortas para cada mil nascidas vivas. A média
nacional é de 16,7 para 1000. A menor taxa está, novamente, em Santa Catarina
(9,2/1000).
“Não consigo
entender, diante de tantos indicadores negativos, como é que um deputado
federal, que tem todo um compromisso com o seu eleitor, com seus
correligionários, com o povo, tenha coragem de subir a uma tribuna para falar
tanta inverdade”, concluiu Simplício.
Reportagem: Letícia
Bogéa
Foto: Danielle
Calvet
Fonte: www.simplicioaraujo.com.br
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