sábado, 29 de março de 2014
Perseverança pode elevar desempenho escolar em 30%
Pesquisa mostra que
características pessoais como determinação e autocontrole têm influência direta
no aprendizado
Perseverança,
autocontrole e determinação podem elevar o desempenho de estudantes em até 30%.
A conclusão é de um estudo divulgado pelo Instituto Ayrton Senna (IAS) e pela
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Segundo a
pesquisa, alunos do ensino médio que apresentam mais determinação, por exemplo,
do que seus pares de turma obtêm melhor desempenho em matemática.
A pesquisa cruzou
resultados da prova do Sistema de Avaliação da Educação do Estado do Rio de
Janeiro (Saerj), que mede o desempenho em matemática e português, com dados
obtidos através de um relatório aplicado a cerca de 25.000 alunos, que traçou
um perfil socioemocional dos estudantes. De acordo com os resultados, um aluno
mais disciplinado fica, em média, quatro meses e meio adiante de um colega
desmotivado no calendário escolar, ainda que ambos tenham a mesma
"raça" e idade e condição econômica e familiar semelhantes.
Com base na
experiência de outros países, como Suécia e Noruega, além dos resultados
obtidos com alunos do Rio de Janeiro, a OCDE afirma que as características
pessoais precisam ser mais bem trabalhadas nas escolas. Segundo a instituição,
elas contribuem não só no aprendizado, mas também se refletem na vida fora da
escola e podem influenciar no mercado de trabalho.
"O
desenvolvimento dos aspectos socioemocionais desde os primeiros anos da
educação infantil até o ensino médio é essencial para melhorar o desempenho
escolar e deve pautar as discussões dos países sobre seus currículos e formação
de professores", destacou Yves Leterme, secretário-geral da OCDE, durante
o lançamento da pesquisa.
Diante desses
dados, o Ministério da Educação (MEC) decidiu financiar bolsas de estudo de
doutorado e mestrado para embasar a formação de professores nessa área.
"Precisamos entender melhor a influência desses fatores na escola e
definir os parâmetros de ensino para depois definir como essas competências
serão medidas e como vão influenciar indicadores de qualidade como o Ideb
[Índice de Desenvolvimento da Educação Brasileira]", afirmou Chico Soares,
presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais.
A pesquisa também
reforçou a constatação de que o ambiente familiar é fator central no
desenvolvimento das caracterísiticas pessoais. Crianças que têm mais acesso à
literatura em casa, por exemplo, conseguem controlar melhor seus impulsos,
tornam-se mais persistentes e avançam 20% a mais na escola que os demais
estudantes.
“Os aspectos
socioemocionais começam a se desenvolver antes mesmo do nascimento. Por isso,
precisamos pensar a partir de agora em políticias públicas que não só ajudem os
professores, mas que também abram espaço para a maior participação familiar no
desenvolvimento do caráter desses estudantes”, afirma Jorge Almeida Guimarães,
presidente da Capes.
(*) Fonte de
pesquisa, Revista Online VEJA
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