segunda-feira, 17 de março de 2014
CARRO DA PM arrasta corpo de uma mulher por mais de 200m [VEJA]
Corpo arrastado
pela avenida
Eram cerca de 9h
desse domingo, quando uma viatura do 9º BPM (Rocha Miranda) descia a Estrada
Intendente Magalhães, no sentido Marechal Hermes, na Zona Norte do Rio, com o
porta-malas aberto. Depois de rolar lá de dentro e ficar pendurado no
para-choque do veículo apenas por um pedaço de roupa, o corpo de uma mulher foi
arrastado por cerca de 250 metros, batendo contra o asfalto conforme o veículo
fazia ultrapassagens. Apesar de alertados por pedestres e motoristas, os PMs
não pararam. Um cinegrafista amador que passava pelo local registrou a cena num
vídeo.
Cacau: quatro
filhos legítimos e quatro adotados
A mulher arrastada era Claudia Silva Ferreira,
de 38 anos, baleada durante uma troca de tiros entre policiais do 9º BPM e
traficantes do Morro da Congonha, em Madureira. Em depoimento à Polícia Civil,
os PMs disseram que a mulher foi socorrida por eles ainda com vida, e levada
para o Hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes, mas não resistiu. Já a
secretaria Estadual de Saúde informou que a paciente já chegou à unidade morta.
Ela levou um tiro no pescoço e outro nas costas.
- Foi revoltante
ver aquele corpo pendurado. Eles iam ultrapassando outros carros, e o corpo ia
batendo. As pessoas na rua gritavam, tentando avisar os policiais, mas eles não
ouviam. Só pararam por causa do sinal e, aí, conseguiram ouvir o que as pessoas
diziam. Dois policiais, então, desceram da viatura e puseram o corpo de volta
no carro - disse o cinegrafista.
Alertados por
pedestres e motoristas, policiais colocaram o corpo da mulher de volta na
viatura
Policiais ou
monstros?
Trajeto de 250 metros
- A cena começou a
ser registrada próximo ao número 796 da Estrada Intendente de Magalhães, na
altura da Rua Boiacá, e foi filmada aproximadamente até o 878, onde fica uma
agência da Caixa Econômica Federal. A irmã de Claudia, Jussara Silva Ferreira,
de 39 anos, ficou chocada quando viu a imagem do corpo da irmã sendo arrastado.
Revoltada, ela quer que os policiais sejam punidos:
- Acham que quem
mora na comunidade é bandido. Tratam a gente como se fôssemos uma carne
descartável. Isso não vai ficar impune. Esses PMs precisam responder pelo que
fizeram.
Antes mesmo de
saberem o que havia acontecido com Claudia, familiares tinham desconfiado de
que algo pudesse ter ocorrido, já que viram o corpo dela em carne viva ao
chegarem no hospital.
- Achamos estranho
quando vimos o corpo daquele jeito. Desconfiamos de que tinha acontecido no
trajeto até o hospital - relatou Diego Gomes, de 30 anos, primo de Claudia.
Thaís Silva, de 18,
filha da vítima e a primeira a encontrá-la morta, já tinha reclamado até mesmo
da forma com que os policiais do 9º BPM a socorreram:
- Eles arrastaram
minha mãe como se fosse um saco e a jogaram para dentro do camburão como um
animal - revoltou-se a jovem.
Vítima faria 20
anos de casada.
Revoltados,
moradores da comunidade protestaram contra a morte da mulher
Mãe de quatro
filhos, Claudia, conhecida no Morro da Congonha como Cacau, era auxiliar de
serviços gerais do Hospital Naval Marcílio Dias, no Lins. Nascida e criada em
Madureira, ela ainda cuidava de quatro sobrinhos. A vítima faria 20 anos de
casada com o vigia Alexandre Fernandes da Silva, de 41 anos, em setembro deste
ano.
Em nota, a
assessoria de imprensa da PM afirmou que os policiais do 9º BPM trocaram tiros
com criminosos durante uma operação no Morro da Congonha, e um suspeito chegou
a ser baleado. Ainda segundo a assessoria, os policiais encontraram a vítima
baleada na Rua Joana Resende, ponto mais alto da comunidade. Ela foi levada
para o Hospital Carlos Chagas, mas não resistiu. A 29ª DP (Madureira), que
investiga o caso, esteve no local para perícia. Dois fuzis usados pelos
policiais foram recolhidos para serem periciados.
Revoltados,
moradores do Morro da Congonha fizeram protestos pela manhã e também à noite.
Eles chegaram a fechar a Avenida Edgar Romero.
Fonte: Conexão Jornalismo
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